As viagens da Tartaruga: estranhos chapéus e lagos congelados

Muito tempo se passou desde que a Tartaruga pôde ir a algum lugar. Perdida entre bolsos de casacos e mochilas, ela já se perguntava se algum dia voltaria a ver a fria luz artificial de algum café de shopping outra vez. Sentia-se presa. Sentia-se inexoravelmente solitária. Abandonada. Sentia-se como Faye: muda, esquecida pelos pais,  sem escolha ou escapatória.

A Tartaruga com seu Estranho Chapéu.

Na penúltima reunião, Thales tirou-a de algum de seus muitos bolsos mágicos. E a Tartaruga foi explorar a mesa do Café Seven Wonders. Pelo caminho, encontrou um estranho objeto de borracha, que lhe pareceu um perfeito chapéu. Ignorando comentários sobre seu novo acessório, ela prosseguiu.

Por cadernos e óculos passou, e sobre escritos e marcas de café, e acerca mundos vitorianos sem pólvora ou vapor ouviu, e com histórias de terras de poderosos dragões e bárbaros que tomam chá se assustou.

E prosseguiu.

A Tartaruga no lago congelado

No topo de uma lata de coca-cola, enfrentando novamente o frio e a neve, o Chapéu levado pelo vento, a Tartaruga encontrou um lago congelado. Mirando-se nas águas esbranquiçadas, ela se lembrou de Jon Snow. E de seu guarda-chuva de açúcar. E se perguntou que maravilhas ainda conheceria, e se sempre o destino a carregaria para locais frios, estranhos e doces… Rogou que sim.

E prosseguiu.